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Estamos a caminho de um momento de escolhas políticas, desejavelmente alargado aos próximos anos, com estabilidade para o crescimento sustentável e humanista e para opções reformistas. Escolhas racionais, pensando no nosso futuro coletivo e no nosso país. Mas também escolhas afetivas e de valorização da liderança do nosso país nos últimos anos, em áreas que importa relembrar:

1. Gestão da pandemia: o primeiro-ministro António Costa liderou a resposta a uma “guerra” que nos assolou de forma inesperada e com desafios extraordinários, assumindo soluções também extraordinárias para o país. Dificuldades e dúvidas? Quem não as teria, estando a gerir um momento tão incerto da nossa História comum? Incómodos e tensões? Quem não os viveria num contexto de verdadeira guerra contra um inimigo invisível? Mais do que isso, importa valorizar a superação dos momentos difíceis, as respostas ousadas, quer na saúde pública, na ação social ou na educação, quer no apoio às empresas e às pessoas. Não se trata de mera gratidão por quem nos liderou. É confiança em quem deve continuar a liderar-nos. Veja-se o resto da Europa, analise-se o que se passa no Mundo e encontraremos mais motivos de orgulho do que razões de lamúrias.

2. Gestão da vacinação: no trabalho conjunto entre o Governo e a task force liderada pelo almirante Gouveia e Melo, superamos todas as dificuldades e tornamo-nos a referência mundial deste processo de saúde pública. Foram opções decisivas para um caminho bem menos penoso, salvando vidas e minimizando sofrimentos. Um povo que aderiu, uma estrutura que funcionou e que nos exibiu no Mundo pelas melhores razões.

3. Reposição de direitos e reversão de medidas da troika: recebendo um país descrente e amputado pelas medidas da troika, foi possível reconstruir um modelo social e económico, devolvendo direitos e repondo medidas relevantes, ao mesmo tempo que o país crescia e se tornava mais competitivo. Talvez valha a pena lembrar o que seria o nosso ano sem o subsídio de Natal ou de férias, ou com aqueles cortes em tudo o que mexia e que tanto mal fizeram às famílias. Repor tudo isto foi um ato humanista, mas foi sobretudo uma opção política que mostrou ser conciliável com o crescimento económico e o desenvolvimento social.

4. Influência na Europa: perante as dificuldades, houve reação. O primeiro-ministro António Costa liderou uma resposta afirmativa da Europa. Estávamos habituados a soluções europeias assentes na austeridade e nos cortes sociais. António Costa foi o motor de uma resposta progressista, assente no investimento público, no apoio às empresas e na coesão social. O PRR, mais conhecido pela “bazuca”, não é um mero programa de obras, é um plano de desenvolvimento e de expansão de Portugal e da Europa, como resposta a uma crise sanitária, económica e social, cujos resultados na vida das pessoas o tempo tratará de evidenciar. Conseguimos crescimento económico e proteção das empresas e do emprego. Não fomos deixados à nossa sorte. Não é possível ter tudo, mas fomos muito mais longe do que era normal e servimos de farol à Europa e ao Mundo. Ter memória é não embarcarmos em discursos fáceis de um cansaço social que era previsível, mas que seria muitíssimo pior se não tivéssemos as respostas da liderança de António Costa.

Presidente da CM Gaia / Área Metropolitana do Porto

Eduardo Rodrigues

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