A inteligência artificial rouba ou cria empregos? Há quem diga que haverá uma destruição maciça de postos de trabalho. Por outro lado, há quem advogue que o mercado de trabalho vai crescer 10% graças à inteligência artificial.
O certo é que as tarefas repetitivas, manuais e administrativas tenderão a desaparecer. Mas certo é, também, que as máquinas munidas de inteligência artificial poderão desempenhar as tarefas que, atualmente, precisam de especialistas, como médicos, jornalistas ou advogados. Paira uma grande incerteza acerca dos efeitos da inteligência artificial na nossa sociedade e, sejamos otimistas ou pessimistas em relação a este tema, o certo é que vem agitar grandemente o mercado de trabalho.
De acordo com Elon Musk, fundador da Tesla, a inteligência artificial “é a maior ameaça para a existência da civilização humana”, sendo necessário “regulá-la antes que seja tarde demais”. Esta é uma visão catastrofista; em contrapartida, há quem seja otimista e defenda que a revolução vai trazer agitação nos mercados de trabalho, sendo favorável ao emprego e às qualificações dos trabalhadores.
Desde já, temos de começar a pensar na formação dos trabalhadores para que a ligação homem-máquina venha a ser o mais harmoniosa possível. Não me parece viável continuarmos com um paradigma educativo que se mantém há duzentos anos. É necessário encontrar novas formas de lecionar e ensinar o que as máquinas não forem capazes de fazer, porque o Homem não pode competir com elas.
É, por isso, com medo e apreensão que alguns anteveem esta revolução globalmente implementada, enquanto outros a encaram com curiosidade e expetativa. Creio que devemos acompanhar este assunto muito de perto, porque é estruturante e fundamental para a nossa sociedade.
Eduardo Vítor Rodrigues
Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia