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É muito positivo verificar que, mês após mês, o número de pessoas com trabalho aumenta no nosso País. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, entre Fevereiro de 2017 e Fevereiro de 2018 o número de empregados aumentou em 139 mil.
Ter trabalho é sinónimo de “ganhar a vida”, ocupar um lugar na sociedade, ter meios de subsistência, não depender de outros para viver. Ter um trabalho e, simultaneamente, sentir-se realizado profissional e pessoalmente é determinante para a felicidade de cada um. É certo que nem todos têm o emprego que desejavam. Existe uma percentagem muito elevada de trabalhos mal pagos e pouco reconhecidos, mas ter a possibilidade de ter um emprego é, por regra, muito positivo.
A diminuição do desemprego registada nos últimos anos é um dos factos mais positivos da evolução económica e social do nosso País. Mas se, por um lado, continua a faltar trabalho a muitos portugueses, por outro, em algumas indústrias com trabalhos mais duros e mal pagos, como a construção civil, verificam-se problemas com a escassez de trabalhadores. Na última semana, por exemplo, era notícia a falta de 80 mil trabalhadores no setor da construção civil. Os muitos que emigraram aquando da crise não querem agora regressar, tendo em conta que em Portugal ganham muito menos. Aparentemente, só a imigração poderá dar resposta a esta grave dificuldade.
Mas, dirão alguns, “há gente que não quer trabalhar”. É verdade que há uma reduzida percentagem de pessoas que não gostam de trabalhar e não querem fazê-lo. No entanto, dar relevo a esta minoria para esquecer os que ainda estão desempregados é uma atitude pouco séria. E referir este facto para esconder a falta de trabalhadores em certas indústrias é ignorar a realidade.

Eduardo Vítor Rodrigues
Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia

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